Paraguai exporta metade da safrinha de milho e antecipa vendas de 2026
Estoques finais de milho foram reduzidos devido ao aumento das exportações
Foto: Divulgação
Mesmo com safra recorde nos Estados Unidos, os estoques finais de milho foram reduzidos devido ao aumento das exportações. No Paraguai, metade da safrinha já foi exportada e parte da produção de 2026 está vendida antecipadamente.
Segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), os estoques finais de milho nos EUA devem encerrar 2025/26 em 51,5 milhões de toneladas. A safra foi mantida em 425,5 milhões, mas as exportações foram elevadas para 81,3 milhões de toneladas, o que reduziu os volumes armazenados no país.
A produção mundial foi revisada para 1,283 bilhão de toneladas, com estoques finais de 279,2 milhões. O mercado global acompanha de perto os dados do USDA e as condições climáticas na América do Sul, que podem impactar ainda mais a disponibilidade internacional.
No Paraguai, a comercialização da safrinha atingiu 90%, sendo que 2,3 milhões de toneladas já foram exportadas até outubro. A falta de estrutura de armazenagem, como silos, obriga os produtores a venderem o grão logo após a colheita.
Além disso, cerca de 7% da safra 2026 já está vendida de forma antecipada, evidenciando uma estratégia dos produtores paraguaios diante das limitações logísticas e de mercado. O consumo interno no país gira em torno de 2 milhões de toneladas ao ano.
O cenário no Paraguai indica pressão por liquidez e necessidade de escoamento rápido, o que também influencia a precificação do milho na região. Ao mesmo tempo, a demanda global aquecida e estoques menores nos EUA devem sustentar os preços no curto prazo.